15/11/2009

Rota do Medronho

Conforme estava aprazado, lá nos preparámos para esta incursão em plenas terras de “Mestre Américo”, algures por entre o interior do território pátrio, em plenas terras de Pampilhosa da Serra e Oleiros.

Manhã ainda despontante de um sábado atrevido e já devidamente acomodados nos meios de transporte previamente delineados, eis-nos rumo a Fajão ( terra onde um certo Juiz virou a lenda ), em plena rota das aldeias do xisto, onde um almoço altamente condimentado nos esperava.

Com paragem de permeio para café ingerir, lá descortinámos por entre montes e curvas sem fim, o local destinado ao nosso repasto, onde o bacalhau de ajuizada confecção foi tema de cartaz ( e não só…).
Após uma visita ao museu da localidade, obra de um zeloso e porfiado Monsenhor A. Nunes Pereira ( para digestão impressionar…),eis-nos já apostados nas nossas estimulantes bikes, rumo à barragem de Stª Luzia, onde o Zêzere é manifestamente manietado de modo impiedoso por força de um estrangulamento soberbo! Aqui, já um certo companheiro dava mostras de rejeição a um bacalhau ainda acomodado no estômago desavindo e, como tal, trocava a bike por uma Passat de serviço.

E, entretanto, os restantes companheiros não apresentavam mostras de quebra e por força do pedal, davam seguimento à jornada.
Eis-nos, entretanto, nas imediações de Caneiros, local de contornos bem especiais, adornado pelo rio Zêzere circundante, onde certamente memórias de alguns companheiros de jornada se perdem no ressuscitar de um passado vivido por entre as amarras de um interior esquecido e ostracizado!
Enfim, dificuldades que o presente acomoda no cofre das recordações!

Por lá tivemos as boas-vindas da Dª. Beatriz que da sua provecta idade nos recebeu com grande simpatia e apreço, preparando em conjunto com seus filhos, um opíparo manjar, onde os maranhos foram servidos com requinte acentuado ( as nossas saudações à respectiva confraria).

Mais tarde, a dormida foi projectada na povoação circunvizinha de Cambas, onde um certo agitador militante ia inviabilizando o sono retemperador dos demais bttistas…
Porém, a dadas horas da noite Morfeu desceu finalmente à terra e embalou os circunstantes num abraço comprometedor, ainda que breve mas, apesar de tudo, retemperador. Domingo, manhã baixa e eis-nos em pleno Oleiros, onde nos foram distribuídos as respectivos “ingredientes” de ingresso para o passeio em mente.

E que passeio!...

Paisagens inolvidáveis …
Medronhos a cada passo …
Companhias simpáticas ( mau grado as interferências detectadas …)
Em pleno interior, apesar das condições climatéricas algo adversas (S.Pedro ia-nos traindo…) lá nos propunha-mos levar a cabo a empreitada, não nos apartando minimamente da beleza e envolvência do meio ambiente, deveras inculcado de um sabor intimamente absorvido!...
Paz, sossego, natureza empolgante e simpatia das gentes!
Que condimentos gratificantes!...
E tudo decorreu em grande harmonia, ainda que, com passadas diversas, e apesar de uma queda algo aparatosa de um elemento de temperamento algo imprevisto, o saldo final foi deveras entusiasmante.

Lá bem no interior
em Oleiros foi a partida
sendo a Rota do Medronho
uma viagem bem divertida!

Do Grupo que dizer
dito “ Os Seis do Pedal”
a companhia excelente
e o ambiente fenomenal!

P`ra mais tarde recordar
esta jornada sem igual
os parabéns end`reço
aos parceiros do pedal.

Dizia Fernando Pessoa,
“A memória é a consciência inserida no tempo.”

Que o futuro não olvide estes fragmentos do presente!

Ram , o cronista de serviço.






































Eis aqui, o descanso do guerreiro, depois das agruras sofridas durante o passeio da Rota do Medronho...